sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Técnicos vistoriam área atingida por vazamento de petróleo em Campos

Técnicos do Ibama, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Marinha sobrevoam nesta sexta-feira a área atingida pelo vazamento de petróleo em um poço da companhia Chevron Brasil, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro. Após a vistoria, os órgãos publicarão uma nota oficial com informações sobre o caso.
A Polícia Federal anunciou que abrirá um inquérito para apurar se a petrolífera perfurou a uma profundidade além do que estava planejado. Segundo o delegado Fábio Scliar, chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF, há indícios de que irregularidades teriam provocado uma rachadura no fundo do leito marítimo. A equipe responsável pela perfuração será ouvida nos próximos dias.
No fim da noite desta quinta, após a ANP afirmar que a primeira fase do fechamento das fendas da jazida estava concluída, a Chevron Brasil anunciou que o vazamento tinha se reduzido a um "gotejamento ocasional". 

Imagem de satélite mostra área atingida por mancha de petróleo 
Imagem de satélite mostra área atingida por mancha de petróleo 
Segundo o comunicado, o volume de óleo visível na superfície era de cerca de 65 barris/dia. Antes, estimava-se um valor entre 400 e 650 barris. A mancha teria 8 km de extensão por 300 m de largura e, sem contornos regulares, 1,8 km2 de área. Ambientalistas, entretanto, contestam a informação. De acordo com um representante de uma ONG americana, o vazamento teria um volume diário de 3.700 barris e a mancha teria o dobro da área da cidade do Rio de Janeiro.
Petrolífera será obrigada a investir em programas de recuperação de biodiversidade
O secretário do Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta quinta-feira (17/11) que a petrolífera Chevron será obrigada a reparar os danos ambientais, causados a pescadores e à biodiversidade marinha, pelo vazamento de petróleo ocorrido na quinta-feira (10/11) na Bacia de Campos.
Além das sanções administrativas e criminais a serem aplicadas pelo Ibama, Ministério Público e a Polícia Federal, respectivamente, a petrolífera deverá reparar os danos causados ao meio ambiente, independentemente da sua intenção em causá-los:
"Nos baseamos no Princípio da Responsabilidade Objetiva, previsto no artigo 225 do texto constitucional. Não podemos banalizar a extensão do vazamento e nem suas consequências. Do contrário o pescador terá que pescar na lua", disse Minc.
O secretário lembrou que nesta época do ano a região do incidente é rota de migração de golfinhos e baleias.
"Não queremos chorar pelo óleo derramado! Tenho conversado frequentemente com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para investirmos cada vez mais em prevenção, tornar os métodos mais rigorosos, fortalecer o licenciamento, afinal o Pré-Sal está aí", disse
Fonte: Jornal do Brasil.

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